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Para conseguir desvio milionário, ''Mãe de Santo'' falava sobre maldição de suicídio para vítima
Suspeita comandou o desvio de R$ 50,8 milhões da conta de uma empresa de máquinas agrícolas de Dourados
Da Redação
Uma maldição que ao final culminaria com a prática de suicídio. Essa era uma das “armas” usadas pela “Mãe de Santo” que levantou mais de R$ 50 milhões de uma funcionária de uma empresa do setor de agronegócio, de 34 anos. O “Dourados News” mostrou nesta segunda-feira (5), o caso, no qual a mulher diz ter sido vítima de chantagem para que o valor milionário fosse transferido.
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De acordo com informações policiais, a vítima disse que a “Mãe de Santo”, residente em São Paulo, que prestava atendimento espiritual para ela desde 2018, passou a exigir transferências de valores da empresa, sob pena de ser lançada uma maldição que ao final culminaria com a prática de suicídio.
A denunciante relatou à polícia que a “líder espiritual” disse que outra guru entraria em contato e que tudo que ela dissesse deveria ser seguido para evitar a maldição, o que aconteceu posteriormente e as transferências foram iniciadas.
Conforme mostrado pelo "Dourados News", ao todo, as transferências chegaram a cerca de R$ 50,8 milhões. Inicialmente foi divulgado pela polícia que os valores foram encaminhados para 10 contas diferentes, no entanto, a informação foi corrigida como 11 contas diferentes.
Ainda conforme a polícia, as movimentações financeiras ocorreram em um período denominado pela “Mãe de Santo” como “período de penitência”, sendo que este duraria 30 dias.
O caso segue sendo investigado pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da polícia civil e o nome da “Mãe de Santo” ainda não foi repassado à imprensa.
Além do depoimento da funcionária da empresa do setor de agronegócio que supostamente seria a vítima da extorsão, a polícia informou que já colheu depoimentos de outros funcionários da empresa e outras testemunhas.
Foi realizada também a apreensão do aparelho celular utilizado pela funcionária da empresa para se comunicar com as mulheres que seriam “mães de santo”.
Ainda conforme informações policiais, o SIG solicitou ao Poder Judiciário, o afastamento do sigilo e a indisponibilidade dos valores existentes nas onze contas bancárias que receberam as milionárias transferências, visando recuperar os valores desviados da empresa.
A busca da polícia é esclarecer se a funcionária foi extorquida pelas duas mulheres ou por motivos religiosos a elas destinou valores pertencentes à empresa, o que configuraria a prática de furto. As informações são do “Dourados News”
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